quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Quanto tempo?

Quanto tempo duram as coisas?
Um poema? 2 minutos para ser feito ou 40 dias de inquietude?
Uma relação sexual? 15 minutos acontecendo ou 1 ano se preparando?
Um mestrado? 2 anos cursando ou 2 anos curando a ressaca acadêmica?
Uma refeição? 3 horas de preparação ou 15 minutos de engolida rápida?
Uma iniciação religiosa? 3 segundos, quando a água toca a fronte ou 3 segundos, quando se nega a vontade de comer carne de porco?
As coisas duram muito, no sentido de intensidade.
As coisas duram muito, no sentido de tempo.
As coisas duram muito, no sentido de importância.
É claro que você está esperando. Eu vou falar.
Uma história de amor? Quanto tempo dura?
Os 4 minutos de encantamento à primeira vista?
Os 2 segundos do primeiro beijo, ainda sem língua?
Os 4 meses de troca de e-mails, posts no face, telefonemas e mensagens no celular antes do encontro primeiro?
Os 57 minutos de realização da cerimônia do casamento?
Os 7 anos antes da famosa crise?
Acho que devo parar por aqui. Não sei quanto tempo dura uma história de amor. Mas sei que toda a minha vida pode ser amor (como é, aliás) e sei que não quero parar na crise. Nem dos 7 anos, nem dos 7 dias, nem dos 7 minutos.
As coisas, eu não sei, mas na minha história de Larissa-pessoa não quero acatar as determinações de Chronos, estou é catando as invenções de Kairós. Assim seja.

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